para o Bruno e para a Marta
amo as pontes pobres, aquelas que nos servemde passagem e recato, aquelas onde se demoram
os olhos um pouco somente — e se morrem, o fazem
num honesto cair de pedra, sem exclamação. outras
pontes sabem a insolência — e se nos guardam das
águas, retêm também as retinas indefesas, presas
ao ouro e ao escândalo, como se qualquer travessia
pudesse enganar-se no tempo e não ser da subs-
tância própria de todo o animal corrupto
Paris, Abril de 2011
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