Para ti, falo. O eco. Os aviões dos jogos de pé-coxinho
transmitidos. A boa nova brilha, hoje. Anuncio o dom
do desejo, o mar sem trajecto, a boca.
Para ti, a indisciplina dos cumes de cabeça de égua, o
relinchar da neve, além, inaudito.
Para ti, amor exasperado, as verdades primeiras, o prazo
dado às pedras empoleiradas.
Para ti, só para ti, o luto dos círios, o hino ao rochedo,
a carta inviolada do sinal.
*
in A Obscura Palavra do Deserto - Uma antologia, edição Cotovia 1991.
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