O meu corpo enrosca-se na noite do teu corpo
adormecidas as minhas palavras ondulam na tua boca
da tua respiração soltam-se borboletas azuis
acordado sigo ainda os seus invisíveis trajectos
é neles que leio as palavras esquecidas na noite
uso cautelosamente o antigo saber divinatório
enquanto danças sobre a terra vestida de lavanda.
in A Realidade Inclinada, Edição Averno, 2003.
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