terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Nyx, deusa da noite (William-Adolphe Bouguereau - La Nuit (1883)

(...)
és o sublime que me antecipa.
o acordo dos monólogos na elaboração do discurso que o vento largará e que provocará a debandada das núvens e a dispersão das sementes.

na planicie árida onde os homens repousam crescem circulos de fogo onde se queimam as verdades até nada mais serem
são centros ferteis onde nenhuma palavra é concebida sem a anuência da vastidão, o invisivel nocturno
de onde nenhuma palavra se evade sem que se derrame, pelo peso, a sua essência e se inflamem os medos - as víboras - os dedos,
onde todas e cada uma das palavras que nascem e morrem, se recriam enquanto estigmas.

é o teu nome a origem do encantamento.
o entremeio, a pauta, ora dia, ora noite,
o sustenido rebento do Caos.

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