segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Melancholia


Mela, Mela, Mela, Mela, Melancholia
Melancholia, mon cher
Mela, Mela, Mela, Mela, Melancholia
schwebt über der neuen Stadt
und über dem Land 

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Quiet These Paintings Are


Quietly these colours will fade
but soon they will be as one.
For a moment i will stare
into this deep saddened sea
and will suffer the death's fright.

Under these waves emotions lay,
still never they'll return
as they are laid to rest.
Into this one lonely life,
which, perhaps is growing.
Painfully...
into life to die...

terça-feira, 15 de setembro de 2015

The final cut


loving you is like loving the dead


Onde quer que o encontres
escrito, rasgado ou desenhado:
na areia, no papel, na casca de
uma árvore, na pele de um muro,
no ar que atravessar de repente
a tua voz, na terra apodrecida
sobre o meu corpo – é teu,
para sempre, o meu nome.

como se o meu corpo fosse a sua casa


O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

"Once divided...nothing left to subtract...
Some words when spoken...can't be taken back...
Walks on his own...with thoughts he can't help thinking...
Future's above...but in the past he's slow and sinking...
Caught a bolt 'a lightnin'...cursed the day he let it go..."

in Nothingman, Pearl Jam.

domingo, 13 de setembro de 2015

Ooh, I know she gave me all that she wore

Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay
Were laid spread out before me as her body once did.
All five horizons revolved around her soul
As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed has taken a turn

Ooh, and all I taught her was everything
Ooh, I know she gave me all that she wore
And now my bitter hands chafe beneath the clouds
Of what was everything.
Oh, the pictures have all been washed in black, tattooed everything...

I take a walk outside
I'm surrounded by some kids at play
I can feel their laughter, so why do I sear?
Oh, and twisted thoughts that spin round my head
I'm spinning, oh, I'm spinning
How quick the sun can drop away

And now my bitter hands cradle broken glass
Of what was everything?
All the pictures have all been washed in black, tattooed everything...

All the love gone bad turned my world to black
Tattooed all I see, all that I am, all I'll be... yeah...
Uh huh... uh huh... ooh...

I know someday you'll have a beautiful life,
I know you'll be a star in somebody else's sky, but why
Why, why can't it be, can't it be mine

It's like a pain in the chest

We're breaking promises we thought we could keep
We trigger avalanches unknowingly
We travel in and out, we take off, we land
We live in airports like we don't have a plan
This is a journey and we call it home,
And when it stops we're feeling miserable, well
We're breaking promises we thought we could keep
We trigger hurricanes unwillingly
It's our fault
When it all
Breaks into everyone's lives
But are we really to blame?
It's like a pain in the chest
Despair, Hangover and Ecstasy
So many people around
We disappoint and let down
And though we're trying our best
(...)


sábado, 12 de setembro de 2015

beijo


quando te beijo o beijo que tu me beijas
é que a flor envolve a terra que toca a flor
e é só a forma de os meus lábios dizerem que sim
e de os teus lábios dizerem que não
que não houve tempo antes de nós

amor turvo


O amor revela-se aos tropeções: caminhamos com os pés sobre o pavimento liso. Damos de súbito uma topada, perdemos o equilíbrio e embatemos no olho direito da pessoa que vinha no nosso sentido. Ela quase cega, mas apaixona-se por nós. E assim nasce um amor turvo.

underwater love

This must be underwater love
The way I feel it slipping all over me
This must be underwater love
The way I feel it

O que que é esse amor, d'água
Deve sentir muito parecido a esse amor

This is it
Underwater love
It is so deep
So beautifully liquid

Esse amor com paixão , ai
Esse amor com paixão, ai que coisa

After the rain comes sun
After the sun comes rain again
After the rain comes sun
After the sun comes rain again
After the rain comes sun
After the sun comes rain again

This must be underwater love
The way I feel it slipping all over me
This must be underwater love
The way I feel it

O que que é esse amor, d'água
Eu sei que eu não quero, mais nada

Follow me now
To a place you only dream of
Before I came along

When I first saw you
I was deep in clear blue water
The sun was shining
Calling me to come and see you
I touched your soft skin
And you jumped in with your eyes closed
And a smile upon your face

Você vem, você vai
Você vem ê cai
E vem aqui pra cá
Porque eu quero te beijar na sua boca
Que coisa louca
Vem aqui pra cá
Porque eu quero te beijar na sua boca
Oh, que boca gostosa

After the rain comes sun
After the sun comes rain again
After the rain comes sun
And after the sun comes rain again

Cai e cai e tudo tudo cai
E tudo cai pra lá e pra cá
Pra lá e pra cá
Vamos nadar
E vamos nadar e tudo tudo dá

This must be underwater love
The way I feel it slipping all over me
This must be underwater love
The way I feel it

Oh oh d'água Underwater
Oh underwater love
This underwater love
This underwater love
Underwater love

domingo, 6 de setembro de 2015

amor bateu para ficar



amor
bateu
para ficar
nesta varanda descoberta
a anoitecer sobre a cidade
em construção
sobre a pequena constrição
no teu peito
angústia de felicidade
luzes de automóveis
riscando o tempo
canteiros de obras
em repouso
recuo súbito da trama

delírio de arquivística



Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei
Num delírio de arquivística
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos.

Primeiro amor


Gostava muito dele
mas nunca lhe disse isso
porque a minha criada tinha-me avisado
se gostar de um rapaz
nunca lhe diga que gosta dele
se diz
ele faz pouco de si para sempre
os rapazes são maus
eu não era bela
nem sabia quem tinha pintado os Pestíferos de Java
resolvi assim escrever-lhe cartas anónimas
escrevia o rascunho num caderno pautado
não sei hoje o que escrevia
mas sei que nunca escrevi
gosto muito de ti
e depois pedia a uma rapariga muito bonita
que passasse as cartas a limpo
eu acreditava que quem tinha uns cabelos
assim loiros e a pele fina
devia ter uma letra muito melhor que a minha
agora que conto isto
vejo que deixo muitas coisas de fora
por exemplo que o meu primeiro amor
não foi este mas o Paulo
o irmão da rapariga bonita

Às vezes despedimo-nos tão cedo


Às vezes despedimo-nos tão cedo
que nem lágrimas há que nos suportem o
peso da voz à solidão exposta
ou
de lisboa no corpo o peso triste
Às vezes é tão cedo que nos vemos
omitidos
enquanto expõe
o peso insuportável do amor
a despedida
É tão cedo por vezes que lisboa
estende sobre os corpos o desgosto
Com os dedos no crânio despedimo-nos

Dançamos pela noite dentro.


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O momento


O momento quando, após muitos anos

de trabalho duro e uma longa travessia

te encontras no centro do teu quarto,

casa, meio acre, milha quadrada, ilha, país

sabendo por fim como lá chegaste,

e dizes, eu possuo isto,


é o mesmo momento em que as árvores desatam

os seus macios braços em teu redor,

as aves retiram a sua língua,

as falésias fissuram e colapsam,

o ar vem devolvido de ti como uma onda

e tu não consegues respirar.


Não, murmuram eles. Tu não possuis nada.

Tu foste um visitante, uma e outra vez

subindo a colina, cravando a bandeira, proclamando.

Nós nunca te pertencemos.

Tu nunca nos encontraste.

Foi sempre o contrário.

terça-feira, 1 de setembro de 2015