terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Umberto Saba (2)

Folha

Sou como aquela folha – olha –
naquele ramo nu, que ainda um prodígio
mantém presa.

Nega-me, pois. De tal não entristeça
a bela idade que te dá essa cor ansiosa
e em mim só se demora num ímpeto infantil.

Dize-me tu adeus, se pela minha parte o não consigo.
Morrer é nada; perder-te é que é difícil.

(de Mediterranee, 1946)
Poema retirado daqui.

Sem comentários: