Por-me-ás de borco,
assim inclinada...
a nuca a descoberto,
o corpo em movimento...
a testa a tocar
a almofada,
que os cabelos afloram,
tempo a tempo...
Por-me-às de borco;
Digo:
ajoelhada...
as pernas longas
firmadas no lençol...
e não há nada, meu amor,
já nada, que não façamos como quem consome...
(Por-me-às de borco,
assim inclinada...
os meus seios pendentes
nas tuas mãos fechadas.)
in Poesia Reunida, edição D.Quixote, 2009
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