quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Fernando Assis Pacheco

Morreu numa livraria não foi? Então teve a morte mais bela a que um escritor pode aspirar. Morreu junto aos livros, no seu posto, como o soldado morre no campo de batalha.

Gonzalo Torrente Ballester, sobre Fernando Assis Pacheco [nasceu em Coimbra, faz hoje 75 anos], citado por José Mário Silva.

1 comentário:

Pedro L. Cuadrado disse...

VERSINHOS A UMA AMIGA FINLANDESA


Ó Anna Lüsa Uski minha dama de antanho
o que é feito da tua bizarria
continuas bela como na fotografia?
eu quando penso em ti ainda tenho

dentro do pobre coração torcaz
aquele bicho a roer devagarinho
tu eras só pen pal mas tanto faz
mais sede não se tem de um pucarinho

não te perdoo que ficasses por lá
em Likkolampi casando com um qualquer
como pudeste ó Anna ser tão má?
yours sincerely já te chamava mulher

mais tarde eu fiz catorze anos
o amor era no meu peito como um lenho
quereis saber críticos vós fulanos?
inda me arrepia esta dama de antanho

Fernando Assis Pacheco