quinta-feira, 4 de outubro de 2012


Olho-te pelo reflexo 
Do vidro 
E o coração da noite 

E o meu desejo de ti 
São lágrimas por dentro, 
Tão doídas e fundas 
Que se não fosse: 

o tempo de viver; 
e a gente em social desencontrado; 
e se tivesse a força; 
e a janela ao meu lado 
fosse alta e oportuna, 

invadia de amor o teu reflexo 
e em estilhaços de vidro 
mergulhava em ti.

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