segunda-feira, 22 de outubro de 2012

sábado, 6 de outubro de 2012

My hands up



turning into something I can't cope
with not having
stop, stop it
could I put my hands up
and ask that you stop
do I need to be in love
I'm lost when it's just me
with only a hope to make
you happy enough to stay
return the words, the looks
I give you like they're falling out of me
seconds change
and at the end
your face is inerasable
true, I need to be in love
I'm lost when it's just me
with only a hope to make
you happy enough
do I need to be in love
what is there otherwise from loving
just takes a face
to make everything else erase
stop, stop it
could I put my hands up
and ask that you stop

as mãos



Recomecemos então, as mãos
palma com palma.
Diz, não digas, a palavra.
As palavras terão sentido ainda?
Haverá outro verão, outro mar
para as palavras?
Vão de vaga em vaga,
de vaga em vaga vão apagadas.
Seremos nós, tu e eu, as palavras?
Onde nos levam, neste crepúsculo,
assim palma a palma,
de mãos dadas?

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Conheço o sal da tua boca


Conheço o sal da tua pele seca
depois que o estio se volveu inverno
da carne repousando em suor nocturno.

Conheço o sal do leite que bebemos
quando das bocas se estreitavam lábios
e o coração no sexo palpitava.

Conheço o sal dos teus cabelos negros
ou louros ou cinzentos que se enrolam
neste dormir de brilhos azulados.

Conheço o sal que resta em minha mãos
como nas praias o perfume fica
quando a maré desceu e se retrai.

Conheço o sal da tua boca, o sal
da tua língua, o sal de teus mamilos,
e o da cintura se encurvando de ancas.

A todo o sal conheço que é só teu,
ou é de mim em ti, ou é de ti em mim,
um cristalino pó de amantes enlaçados.

dá-me o que tens

A pele é o meu único limite
atravessa-a
onde a luz é mais forte
não feches lá fora o mundo
nem a mim cá dentro

mostra-me
que o sol no céu
é o sonho em mim própria
a realidade ardente
quando me mordes
e me fazes sentir
que não há diferença
entre lado de fora e lado de dentro
entre dor e carícia
pedra e palavra

porosa às tuas investidas
sou aquela que
se abre em desejo
de existir no mundo
em todo o lado e ao mesmo tempo

dá-me o que tens
de tudo
não exijo mais nada.

onde o teu corpo pesa a medida exacta do meu desejo


Claro que se tem medo que alguém nos entre pelos olhos.
Mas podes arder. Para a tua temperatura sou mercúrio,
linhas de mão, lábio e sopro. Atravesso-te porque
me atravessas e onde somos corsários rendemo-nos ao encanto da devolução.
Tu e eu à porta de um lugar que vai fechar tudo numa árvore.
Aqui onde os minutos são a rua em que nos sentamos toda
a tarde à espera do silêncio, onde o teu corpo pesa a medida exacta do meu desejo.
Sou um animal. Necessito diariamente da transfusão de uma
enorme quantidade de calor. Tocas-me?

Olho-te pelo reflexo 
Do vidro 
E o coração da noite 

E o meu desejo de ti 
São lágrimas por dentro, 
Tão doídas e fundas 
Que se não fosse: 

o tempo de viver; 
e a gente em social desencontrado; 
e se tivesse a força; 
e a janela ao meu lado 
fosse alta e oportuna, 

invadia de amor o teu reflexo 
e em estilhaços de vidro 
mergulhava em ti.

it may not always be so

it may not always be so; and i say that if your lips, which i have loved, should touch another's, and your dear strong fingers clutch his heart, as mine in time not far away; if on another's face your sweet hair lay in such a silence as i know, or such  great writhing words as, uttering overmuch, stand helplessly before the spirit at bay; if this should be, i say if this should be- you of my heart, send me a little word; that i may go unto him, and take his hands, saying, Accept all happiness from me. Then shall i turn my face, and hear one bird sing terribly afar in the lost lands.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

i like your body

i like my body when it is with your body. It is so quite new a thing. Muscles better and nerves more. i like your body. i like what it does, i like its hows. i like to feel the spine of your body and its bones, and the trembling -firm-smooth ness and which i will again and again and again kiss, i like kissing this and that of you, i like, slowly stroking the, shocking fuzz of your electric fur, and what-is-it comes over parting flesh… And eyes big love-crumbs, and possibly i like the thrill of under me you so quite new