quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Mais Novembro do que Setembro
Tive a coragem de olhar para trás
Os cadáveres dos meus dias
Assinalam o caminho que fiz e confesso que os choro
Uns apodrecem em igrejas de Itália
Ou então em pequenos vergéis de limoeiros
Que florescem e frutificam em simultâneo e
Em todas as estações
Houve outros que choraram antes de morrer em tabernas
Onde ardentes ramos de flores rolavam
Nos olhos de uma mulata que inventava a poesia
E as rosas da electricidade ainda agora se abrem
No jardim da minha memória
in Mais Novembro do que Setembro
enquanto sofres, não te aborreces.
Olha, dou-te um desgosto de amor,
é muito interessante um desgosto;
enquanto sofres, não te aborreces.
( via blog "Primeiramente)
foto Julia Borodina
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