quinta-feira, 28 de junho de 2012

Para nós


Se ando cheio, me dilua.
Se estou no meio, conclua.
Se perco o freio, me obstrua.
Se me arruinei, reconstrua.

Se sou um fruto, me roa.
Se viro um muro, me rua.
Se te machuco, me doa.
Se sou futuro, evolua.

Você que me continua.
Você que me continua.
Você que me continua.

Se eu não crescer, me destrua.
Se eu obcecar, me distraia.
Se me ganhar, distribua.
Se me perder, subtraia.

Se estou no céu, me abençoe.
Se eu sou seu, me possua.
Se dou um duro, me sue.
Se sou tão puro, polua.

Você que me continua.
Você que me continua.
Você que me continua.

Se sou voraz, me sacie.
Se for demais, atenue.
Se fico atrás, assobie.
Se estou em paz, tumultue.

Se eu agonio, me alivie.
Se me entedio, me dê rua.
Se te bloqueio, desvie.
Se dou recheio, usufrua.

Você que me continua...

sexta-feira, 22 de junho de 2012

As if ignorance was my secret desire...

(...)
Variations on emptiness
Great themes on vain glory

And as some go feral in strange performances
Dressing customs that are metaphors
Of your disease
Hungry eyes are looking for Me...Mephisto

Laughing, I feed you
With meaningless games, tricks and philosophies
Whose answers you would die for
In your hunger to believe

(...)


in Mephisto; Moonspell Irreligious, 1996.
Texto de Fernando Ribeiro  
Fotografia de Paulo Moreira

segunda-feira, 4 de junho de 2012