"Hirta sombra de tristeza, porque choras? Não exijas lealdade nem saudade a todos quantos te quiserem. Não olhes para os teus mortos, nem para as ramagens despidas do instante, nem para as palavras néscias que jamais te compreendem.
Escuta-te no vento da aurora, no sol que desce deslumbrante até ao teu coração para continuar a viver. Ainda que estejas só, aguenta-te em pé, que o pânico e o fracasso jamais te imobilizem.
Afronta os teus espectros, são os pálidos hóspedes dos teus olhos cansados. Uma vez mais sossega-te deixa passar as horas intranquilas e pensa que és um homem afortunado porque ainda acendes a luz das tuas quimeras."
3 comentários:
Sossega-te
"Hirta sombra de tristeza,
porque choras? Não exijas lealdade nem saudade
a todos quantos te quiserem. Não olhes para os teus mortos,
nem para as ramagens despidas do instante,
nem para as palavras néscias que jamais te compreendem.
Escuta-te no vento da aurora,
no sol que desce deslumbrante
até ao teu coração para continuar a viver.
Ainda que estejas só, aguenta-te em pé, que o pânico
e o fracasso jamais te imobilizem.
Afronta os teus espectros, são os pálidos hóspedes
dos teus olhos cansados. Uma vez mais sossega-te
deixa passar as horas intranquilas
e pensa que és um homem afortunado
porque ainda acendes a luz das tuas quimeras."
Justo Jorge Pádron
in Extensão da Morte, Teorema
*para enriquecer o teu belo blogue <3
Justo Jorge Padrón é magnífico, o poema que tens no teu blog também é muito bom.
:)
Bonita música. Há qualquer coisa de "Cowboy Junkies" nela... :)
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