segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

fumo denso


Tu fumas à janela, olho pra ti espelhado nela,
A noite é longa e dentro dela, a chuva pinta uma aguarela
Somos tu e eu, só tu e eu, tu e eu, só tu e eu...
E é quando me tocas que eu sei. Eu sei.
Porque é que eu ainda não te ultrapassei. E sei...
Que nada eu que eu vivi ou viverei
Pode ser maior que o nosso fogo e neste jogo todo és rei.
O lume, o fumo, o perfume, o cheiro...
O lume, o fumo, o perfume, o cheiro...
O lume, o fumo, o perfume, o cheiro...
O lume... o cheiro...
E é quando me falas que eu sinto...
Que as palavras são amargas como o tinto
E esses lábios doces cor de vinho
Só me mentem ao dizer “Eu não te minto”!
E nesses olhos verdes absinto
Eu só consigo ver um labirtinto.
E é quando tu te calas que eu penso...
Porque é que não és feito de silêncio?
Dás-me um copo que eu dispenso
Estendo o corpo e adormeço
sono tenso, sonho intenso
entre nós só fumo denso
fumo denso...
é só fumo denso...
fumo denso...
Dás-me um copo que eu dispenso
Estendo o corpo e adormeço
sono tenso, sonho intenso
entre nós só fumo denso
só fumo denso...
fumo denso...
é só fumo denso...
...
Tu fumas à janela, olho pra ti espelhado nela,
A noite é longa e dentro dela, a chuva pinta uma aguarela
Somos tu e eu, só tu e eu, tu e eu, só tu e eu...
O lume, o fumo, o perfume, o cheiro...
O lume, o fumo, o perfume, o cheiro...
O lume, o fumo, o perfume, o cheiro...
O lume... O cheiro...

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